JUSTIFICATIVA


Este Projeto de Decreto Legislativo visa conceder o Título de Cidadão Sorocabano ao Ilustríssimo Doutor GODOFREDO CAMPOS BORGES, pelos relevantes serviços prestados à Sorocaba e a elevação do nome da cidade.

Nascido em São Paulo, em 24 de outubro de 1964, Godofredo é filho de Godofredo Borges e Ophelia Campos Borges. Apesar de nascido na capital paulista, onde permaneceu até janeiro de 1983, foi em Sorocaba onde criou raízes e tornou-se um diferencial na área da saúde da cidade. Caçula dos seis filhos do casal (Alfredo José, Mario Alberto, Paulo Antônio, Luiz Eduardo e Marina), estudou até o terceiro ano no Colégio Meninópolis e depois até o final do colegial no Dante Alighieri. 

As férias e feriados sempre foram passados na Vila Caiçara (Praia Grande) e foram momentos inesquecíveis. Fez 6 meses de cursinho junto com o terceiro colegial e sempre pensou em fazer Medicina. Prestou vestibular em dezembro de 1982, em apenas quatro faculdades, tendo a felicidade de ingressar na PUC, onde o curso de Medicina era em Sorocaba. Para sua surpresa, acabou sabendo que sua mãe havia morado alguns anos na cidade, por volta de 1940, na Rua Cesário Motta. Seu pai trabalhou no Banespa até se aposentar, em 1967, e por meio de um amigo, também "banespiano", acabou indo morar em uma república, em janeiro de 1983, chamada Brejão, localizada na Rua Santa Cruz. 

Foram seis anos de estudos e novas amizades. Para Godofredo, Sorocaba era muito diferente, relatando que, na época, não tinha carro e tudo fazia a pé, como compras no Mercado Municipal e no Supermercado. Fazer a “caixinha” da semana era uma diversão, segundo ele, bem como o futebol de salão na quadra da faculdade, no Betel e, quando podia, na quadra de madeira do AJB. Brincando, conta que, pela "grande habilidade" e altura, jogava no gol.

Depois de seis anos da faculdade veio a prova de residência e escolheu fazer Otorrinolaringologia. Sempre teve problemas nos ouvidos, foi operado com dez anos e sempre teve deficiência auditiva (sendo usuário de aparelhos auditivos). No último ano da faculdade precisou lidar com a tristeza de perder um irmão, Alfredo, e seu pai.

Contudo, o destino fez com que também fizesse sua residência também em Sorocaba, na PUC. Segundo Godofredo, foram anos de muito trabalho e aprendizado. Naquela época conheceu o Prof. Dr. José Jarjura Jorge Junior, que, com muito orgulho, o chama de segundo pai. Conheceu ainda, nessa época, sua atual esposa, Regina Helena Montanari Borges, que é fonoaudióloga, nascida em São Carlos e que trabalhava na APADAS. Após mais três anos, o novo desafio era: onde trabalhar.

No final da residência, em janeiro de 1992, foi convidado pelos professores da Faculdade, Dr. Rubem Cruz Swensson, Dr. Godofredo Neto Baraúna, Dr. Cássio Caldini Crespo e Dr. Francisco Jarbas de Souza a fazer parte do corpo clínico da Santa Casa de Sorocaba e do Hospital Santa Lucinda. 

Naquele período, Godofredo trabalhava em Piedade e havia passado no concurso para médico na Prefeitura de Sorocaba. Resolveu morar e trabalhar na cidade, casando-se em 16 de maio de 1992, em São Carlos. Passados 15 dias do casamento assumiu o cargo de médico na UBS Nova Esperança. Convidado pelo grande amigo e companheiro Dr. Godofredo Neto Baraúna, começaram a trabalhar juntos na Rua Francisco Ferreira Leão, onde ficou por quase vinte anos. 

Incentivado pelo Prof. Jarjura, tornou-se voluntário na Disciplina de Otorrinolaringologia desde o final da residência. Em 1995 iniciou seu mestrado em Otorrinolaringologia, na Santa Casa de São Paulo. As idas semanais para São Paulo foram compensadas pelo aprendizado e o convívio com grandes professores e exemplos. 

Em 1995 foi agraciado pelo nascimento de sua primeira filha, Natália Montanari Borges, e em 1997 com o nascimento do filho Bruno Montanari Borges. Segundo Godofredo, são suas paixões e estímulo de vida. A vida, no entanto, passa rápido, e hoje Natália é arquiteta e Bruno está fazendo mestrado na UNIFESP, na área de Biotecnologia.

Em 2001, Godofredo concluiu seu doutorado e foi aprovado para uma vaga de Professor de Otorrinolaringologia da PUC. Foi a concretização de um sonho, de tornar-se professor na Faculdade onde estudou.

Na PUC foi supervisor da Residência Médica em Otorrinolaringologia, Coordenador da Residência Médica, Chefe do Departamento de Cirurgia e acabou sendo eleito Diretor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde em 2013. Atualmente é o Diretor Adjunto da Faculdade, ajudando a formar inúmeros profissionais.

Adicionalmente, ingressou na Unimed, em 1992, como Otorrinolaringologista. Por mérito, foi do Conselho Fiscal, Vice-Diretor do Hospital da Unimed (de 2000 a 2002) e Diretor do Hospital, de 2002 a 2003. Também exerceu cargo de membro do Conselho de Administração da Unimed, de 2009 a 2020.

Na Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial foi membro da Comissão de Ensino, Treinamento e Residência da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial de 2009 a 2010, membro do Corpo Editorial da Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (2003 a 2010) e atual Coordenador da Comissão para Verificar o Ensino de Otorrinolaringologia na Graduação nas Faculdades de Medicina.

Nas horas de lazer sempre gostou de cozinhar e curtir a família, viajando sempre todos juntos, desde quando as crianças eram bebês. Nestes momentos em família, acabou aprendendo a pescar com sua esposa. De 1992 para cá, não deixou de pescar. Inclusive, hoje, faz parte de uma turma de pesca, que começou com a família Freitas e que já somam vinte pescadores, tendo agora o filho Bruno como parceiro.

No esporte se considera um péssimo goleiro de futebol de salão. Mas como amante do esporte e como são-paulino, sempre ia no Morumbi assistir aos jogos do tricolor. No período da Faculdade também ia ao CIC prestigiar o São Bento. Com o passar do tempo passou a acompanhar o clube local com seu filho, nos bons e maus momentos. São, ambos, sócios torcedores há cinco anos, além de ser Diretor do Futebol Amador.

Enfim, por todo o cuidado com a área da saúde sorocabana, colaboração na formação de novos profissionais e pela paixão com que trata a cidade, adicionando que versa-se sobre um cidadão que é exemplo de dedicação, retidão e de relevante contribuição para a sociedade, pedimos aos nobres Edis para que esta Casa de leis conceda ao doutor GODOFREDO CAMPOS BORGES o Título de Cidadão Sorocabano.